Afrocidade

Afrocidade

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Afrocidade nasceu de um encontro de percussionistas, em 2011, no núcleo de Música na Cidade do Saber, no município de Camaçari - Bahia, que oferecia oficinas de percussão, onde os primeiros integrantes se conheceram e fundaram o grupo. Os ritmos percussivos, presentes em diversos gêneros, são então as bases para a formação da sua identidade musical. A banda é formada por José Macedo (voz), Eric Mazzone (bateria e direção musical), Rafael Lima (percussão), Fernanda Maia (percussão), Douglas Santos (percussão), Marley Lima (baixo), Sulivan Nunes (teclado) e Fal Silva (Guitarra). E a dupla de bailarinos é formada por Guto Cabral e Deivite Marcel. Uma Big Band com referências e musicalidades distintas que formam uma unidade. O som resulta das mais variadas expressões da música negra, “É uma mistura de letras politizadas, com ritmos populares como o arrocha e o pagode, além da música afro, dub jamaicano, o reggae, o ragga e o afrobeat, por exemplo”, explica Eric Mazzone, baterista e diretor musical da banda. Os arranjos são construídos coletivamente, e as músicas são parceria entre José Macedo e Mazzone. Além de saudar os tambores da África, o Afrocidade reafirma em suas letras a força, importância e influência direta dos valores étnicos baianos e brasileiros. Com atenção ao cotidiano ao seu redor e às questões vividas no dia a dia, traz ainda reflexões sobre a desigualdade e consciência negra, expressando sua ótica sobre o mundo. Suas influências passeiam por diversos universos musicais. “Toda a música da Bahia influencia a construção do nosso som. Desde grupos como Ilê Aiyê e Malê Debalê até Igor Kannário; de Rumpilezz até Silvano Salles; de Timbalada a Fela Kuti. Acompanhamos os cenários musicais local e nacional. Desde a cena cultural de Recife a Belém do Pará. Além de muito rap nacional e internacional”, conta o baterista. O primeiro EP da banda, intitulado “Cabeça de Tambor” (2016), foi financiado pela Fundação Cultural da Bahia (Funceb), através do edital do Calendário das Artes, porém muitas músicas e composições surgiram desde então. Atualmente, a banda tem um repertório autoral de duas horas, e conta com um público cativo que tem músicas (como "Tá Mó Barril") que ainda não foram gravadas na ponta da língua e dos pés. A banda segue na missão de incorporar o contemporâneo e refletir a cidade em movimento, revelando suas nuances e diferenças, com tambores que contagiam e saúdam a ancestralidade do povo baiano.